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quinta-feira, 6 de maio de 2010

VANTAGENS E DESVANTAGENS DO USO DA ANTICONCEPCIONAL.

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Mais uma pergunta recebida de um usuário e que estamos postando visando esclarecer todos aqueles que se encontrem na mesma situação de nossa leitora:

"Meu cardiologista disse que não tem nada a ver eu tomar anticocepcional oral.Mas ouvi um boato que não devo tomar e qual exercicio deveria fazer?
Esqueçi de perguntar a ele.
(Tenho prolapso na valvula mitral com uma leve regugitação).
Obrigado desde já." 


Resposta IDCOR: 

Anticoncepcional e risco cardiovascular
         Cada vez vem sendo mais comum entre os casais o uso de métodos contraceptivos, alcançando uma média de 75% da população em muitos países. Porém, as alternativas existentes não são perfeitas pois efeitos adversos e inconveniências limitam sua aceitabilidade.
        Entre todos os métodos predominam os contraceptivos hormonais orais, podendo ser:

1)     Combinados (estrógenos + progéstonos)

a) Monofásico – Quando as mesmas concentrações de estrógeno e progésteno estão presentes em todos os comprimidos da cartela

b)  Bifásico - Contém duas variações na concentração dos hormônios no comprimido ao longo de 21 dias

c) Trifásico – Contém três variações na concentração dos hormônios no comprimido ao longo de 21 dias

       2) Progéstonos (progesterona) - minipílulas 
         
        A eficácia dos anticoncepcionais hormonais orais não é mais discutida e várias pesquisas têm confirmado seu excelente perfil de segurança, principalmente com produtos combinados e monofásicos, que contenham menos de 35 microgramas de estrógeno (“pílulas de baixa dose” ou “pílulas modernas”) e pertençam a segunda geração. Parece não apresentar vantagens os anticoncepcionais de terceira geração, com alguns estudos associando um maior risco de tromboembolismo à esta geração.
         Além de sua ação contraceptiva, os anticoncepcionais orais apresentam efeitos benéficos sobre a saúde feminina, aliviando dismenorréia, mastodinia e tensão pré-menstrual, diminuindo a incidência de hiperplasia e neoplasias endometriais, doença inflamatória pélvica, gravidez ectópica, endometriose, doença fibrocística benigna da mama, cistos funcionais e câncer de ovário, melhorando a acne e hirsutismo e protegendo de câncer de endométrio e ovário dentro de seis meses de uso, mantendo seu benefício por 15 anos após suspensão do medicamento.
          Apesar de todos os seus benefícios e seu excelente perfil de segurança, deve ser sempre avaliado pelo médico, os fatores de risco pré-existentes da paciente para tromboembolismo, pois a probabilidade deste evento ocorrer aumenta com pacientes multifatoriais (hipertensão arterial, obesidade, diabetes mellitus, tabagismo, história familiar para tromboses, sedentarismo, imobilização por tempo prolongado, fraturas de membro inferior recente). Seu uso também pode ser relacionado com pequenos mas significativos aumentos na pressão arterial principalmente em pacientes previamente hipertensas, retornando aos níveis anteriores ao seu uso após sua suspensão.
        Portanto, anticoncepcionais orais combinados estão indicados em mulheres sadias, preferencialmente não fumantes, com menos de 35 anos de idade, que realmente queiram evitar  a gravidez, não levando em conta a prevenção de DST. A comissão sobre fertilidade materna do FDA (Food, drugs and administration) dos E.U.A recomendam que mulheres com mais de 40 anos de idade podem continuar usando contraceptivos orais, preferencialmente os de baixa concentração de estrógeno.

Obs: Não há aumento do risco no uso de anticoncepcionais em mulheres portadoras de prolapso de válvula mitral e quanto à atividades físicas a princípio não existem contra-indicações mas a conduta certa é consultar seu cardiologista pois só ele, acompanhando seu tratamento, pode saber da real necessidade de solicitar ou não um eletrocardiograma ou teste de esforço antes de liberá-la para atividades físicas.  

Dr. Alexandre Drumond
Médico Cardiologista
Coordenador médico IDCOR - Instituto Doutores de Coração
  

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