NOSSAS IDÉIAS E ATITUDES TÊM UM PAPEL: TRANSFORMAR A REALIDADE!

Create your own banner at mybannermaker.com!
Protected by Copyscape Duplicate Content Software

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Doenças cardiovasculares matam 17 milhões ao ano em todo o mundo


Pressão alta, glicose elevada, obesidade e sedentarismo são os principais fatores de risco para essas doenças.

 

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, a cada ano, 17,3 milhões de pessoas morrem em todo o mundo vítimas de doenças cardiovasculares, sendo que 80% desses óbitos são registrados em países de baixa e média renda. A estimativa é que, em 2030, o total de mortes possa chegar a 23,6 milhões.

As doenças cardiovasculares, segundo a OMS, são a principal causa de morte em todo o mundo. Em 2008, os óbitos provocados por elas representaram 30% do total registrado globalmente.

Os fatores de risco para tais enfermidades incluem pressão alta, taxas de colesterol e glicose elevadas, sobrepeso e obesidade, além de hábitos como fumo, baixa ingestão de frutas e verduras e sedentarismo.

De acordo com a organização não governamental Federação Internacional do Coração (World Heart Federation), em países em desenvolvimento, as doenças cardiovasculares têm historicamente afetado a parcela da população com maior escolaridade e boa renda.

Saiba mais sobre as 
doenças cardíacas na Enciclopédia da Saúde

Entretanto, a perspectiva é de mudanças desse cenário – pessoas em idade produtiva e de baixa renda também estão sendo acometidas por esse tipo de enfermidade. A agravante é que, nesse grupo, as taxas de mortalidade em razão de uma parada cardíaca, por exemplo, são mais altas.

No Dia Mundial do Coração, lembrado hoje (29), a OMS, em parceria com a Federação Internacional do Coração, promove em mais de 100 países atividades como ações de prevenção, caminhadas e exposições.

A estimativa é que as economias de países como o Brasil, a Índia, a China, a África do Sul e o México registrem, juntas, uma perda de 21 milhões de anos de vida produtiva em razão de mortes precoces provocadas por doenças cardiovasculares.

A ONG listou uma série de prioridades para os próximos anos, entre elas aumentar a atenção às doenças cardiovasculares na agenda global de saúde; melhorar o atendimento a pacientes vítimas de doenças do coração e derrames; promover dietas voltadas para o bem-estar do coração e atividades físicas para toda a população; melhorar a detecção e o controle da pressão alta em todo o mundo e avançar na conquista de um mundo livre do tabaco.

Na semana passada, a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) realizou, em Nova York, uma reunião com líderes mundiais para tratar das doenças crônicas não transmissíveis – incluindo as cardiovasculares. Essa foi a segunda vez na história em que o órgão discutiu um tema relacionado à saúde. Anteriormente, a aids foi abordada.

Autora do texto:Paula Laboissière

Fonte:www.saude.ig.com.br/minha saude

 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Causas do mau hálito

O curioso em relação ao mau hálito é que os portadores não conseguem perceber o odor desagradável que exalam. São os outros que notam e ficam constrangidos em avisar – “Olha, teu hálito não está legal”. Às vezes, nem toda a intimidade do mundo justifica uma atitude como essa e o problema não é enfrentado como deveria.

     O cheiro está tão ligado às emoções que o hálito desagradável pode provocar repulsa e afastamento, muitas vezes, irreversível. Casais chegam a relevar desencontros, vencer diferenças de personalidade e das formas de enxergar a vida, podem até esquecer os maus passos dados por um deles, mas é muito difícil que consigam superar a inconveniência do mau hálito num dos parceiros.
Na grande maioria dos casos, o mau hálito, ou halitose, tem origem na própria língua, (imagem 1) um órgão muscular revestido por papilas. Essas papilas possuem terminações nervosas que, estimuladas por determinadas moléculas, conduzem informação ao cérebro a fim de reconhecer o gosto das coisas. Como se pode observar na imagem 2, na parte posterior da língua, sobram espaços entre as papilas e se formam pequenas criptas. Neles se acumulam alimentos e restos de células que descamam do epitélio lingual. Esses resíduos funcionam como meio de cultura para as bactérias que, quando fermentam, liberam substâncias ricas em enxofre, É a presença e o cheiro de enxofre que provocam o mau hálito.




CAUSAS DO MAU HÁLITO
Drauzio – A língua é a principal fonte do mau hálito?
Ronaldo P. Lima Barbosa – A literatura registra que de 90% a 95% das halitoses, ou mau hálito, são causadas no ambiente bucal, principalmente na língua, e cerca de 5% a 10% têm causas sistêmicas. A língua possui diversas papilas gustativas entre as quais se formam criptas, ou seja, saquinhos que retêm resíduos de alimentos, células epiteliais descamadas e placas bacterianas que começam a fermentar e a liberar odor de enxofre. Essa é, sem dúvida, a principal causa do mau hálito.
Drauzio – Por que muita gente associa o mau hálito ao fato de estar muito tempo sem se alimentar?
Ronaldo P. Lima Barbosa – Esse é um conceito equivocado. Acontece que o alimento retido na língua, depois de uma hora sem alimentação, período em que ocorre menor fluxo salivar, somado à falta de atrito da língua com o palato e com o bolo alimentar, produz maior fermentação e exala mais odor.
Quando a pessoa come, o bolo alimentar, mais o atrito da língua com o palato e o aumento da salivação ajudam a remover os resíduos existentes nas papilas gustativas e as bactérias responsáveis pela fermentação.
Drauzio – Isso explica a halitose matinal?
Ronaldo P. Lima Barbosa – Durante a noite, há menor produção de saliva e, portanto, maior fermentação e maior liberação de odores de enxofre. Por isso, o odor matinal é sempre mais forte do que outros tipos que ocorrem durante o dia.
O ESTÔMAGO NÃO TEM CULPA
Drauzio – Atribuir o mau hálito a problemas estomacais, como muitos fazem, está correto?
Ronaldo P. Lima Barbosa – Esse é outro conceito errado. Se analisarmos fisiologicamente o problema, veremos que existem esfíncteres gastrintestinais que não permitem a passagem dos odores estomacais para o meio externo. Esfíncteres são válvulas que se fecham depois da passagem dos alimentos. Normalmente, o mau hálito pode ser atribuído ao estômago apenas em duas situações básicas: eructação gástrica, ou arroto, e refluxo gastroesofágico, quando há uma deficiência no funcionamento da válvula que separa o esôfago do estômago.
Ronaldo P. Lima Barbosa – Existe um estudo realizado na Universidade de Toronto, no Canadá, bastante interessante. Os pesquisadores embrulharam nos pés dos pacientes uma pasta com alho que era absorvido pela pele, caía na corrente sanguínea e, algumas hora depois, seu odor era eliminado pela boca. Com isso, eles estavam tentando provar que não vem do estômago o cheiro do alho que a pessoa come, mas vem dos pulmões pelas vias aéreas. A conclusão a que chegaram, portanto, foi que a halitose por ingestão de alimentos voláteis, como alho e cebola, não procede do estômago, mas sim dos pulmões. Após sua absorção, eles caem na corrente sanguínea, participam da troca gasosa nos bronquíolos pulmonares e seu cheiro característico é exalado pelas vias aéreas superiores.
Deve-se ainda considerar o fato de que os movimentos peristálticos do aparelho digestivo não favorecem o retorno dos odores estomacais.
Drauzio – Além dos problemas de boca, gengiva e alvéolos dentários, quais são os mais frequentemente associados ao mau hálito?
Ronaldo P. Lima Barbosa – Existem outras patologias que podem levar à halitose como as sinusopatias, problemas respiratórios e tonsilas (amídalas) inflamadas. A inflamação das amídalas, por exemplo, pode provocar maior formação de muco que, depositado na parte posterior da língua, produz mais saburra lingual e dispara o processo da halitose.
Uma das causas mais comuns, porém, associada à halitose é a diminuição do fluxo salivar, a xerostomia. Diversos fatores interferem na produção das glândulas salivares. Entre eles, destacam-se determinadas drogas e certos problemas respiratórios. Pacientes que respiram mais pela boca, não têm selamento labial adequado, o que provoca ressecamento da mucosa e favorece a halitose.
O fluxo salivar também pode ser alterado por falta de ingestão de água. É importante ingerir de dois a três litros de água por dia para evitar que a parte sólida da saliva torne-se mais espessa por falta de líquido e acumule-se no dorso posterior da língua, aumentando a ocorrência de halitose.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Cuidados para o carnaval

Vai viajar no Carnaval? Além de passagem e hospedagem, programe-se para prevenir e combater os problemas mais comuns que podem prejudicar a saúde nos dias de folia.
Segundo o infectologista Alexandre Piva Sobrinho, professor do curso de Medicina da Universidade Cidade de São Paulo – UNICID, os maiores cuidados a serem adotados estão relacionados com o excesso de bebidas alcoólicas, uso de drogas ilícitas e ingestão de alimentos contaminados. Outro ponto que merece atenção é o risco de desidratação e alergias provocadas pelas altas temperaturas do verão.
O especialista explica que a transpiração aumenta muito nesta época, por isso, deve-se elevar o consumo de água, ainda mais se o intuito for acompanhar o ritmo dos blocos de rua, ensaios de escolas de samba e trios elétricos. O médico também alerta: “no calor, há crescimento de enfermidades transmitidas por insetos, como malária e febre amarela.
O aumento das chuvas, muito comum neste período do ano, ainda pode trazer doenças, algumas vezes graves, como dengue e leptospirose, que podem se transformar em verdadeiras emergências médicas”, ressalta Sobrinho.
Para saber como se prevenir de doenças típicas que podem ocorrer nesta época do ano, o professor indica seis dicas essenciais para adotar neste Carnaval e cair na folia sem preocupação:

Programe-se

É preciso planejar detalhadamente o roteiro de viagem levando em consideração as diferenças de clima, altitude e fuso horário, se for o caso. Procure informações sobre as doenças prevalentes do local escolhido e os seus riscos de aquisição. Atenção: se for preciso, reveja a necessidade de atualização de vacinas. “Pessoas sob cuidados especiais de saúde devem consultar o seu médico antes da viagem e obter certificado médico especificando o medicamento em uso”, ressalta o infectologista.

Evite

O excesso de bebidas alcoólicas e o uso de drogas ilícitas pode provocar consequências drásticas, como acidentes e internações por alcoolismo, desidratação e até coma alcoólico. Portanto, comemore o Carnaval sem o uso de substâncias que alterem a consciência.

Cuide-se

As doenças com relação direta ao Carnaval são as DSTs (doenças sexualmente transmissíveis), entre elas, gonorréia, sífilis, hepatite B e AIDS. Outra situação constante, que não constitui doença, é a gravidez – muitas vezes, indesejada. A melhor e única maneira de prevenção é com o uso de camisinha, que não deve ser esquecida, mesmo após algumas doses de bebida alcoólica.

Não se descuide da alimentação

O preparo de alimentos sem os devidos cuidados com a higiene pode causar as desagradáveis intoxicações alimentares, culminando em vômitos e diarréia. “Uma boa prática é a ingestão de alimentos leves e saudáveis, e tomar de dois a três litros de água por dia”, afirma Sobrinho. É muito importante manter uma alimentação saudável com muitas frutas, legumes e verduras frescas. Todas bem lavadas!

Evite queimaduras

Em regiões com altas temperaturas, é primordial evitar as tão temidas queimaduras. Não há segredos: para se cuidar, o uso diário de protetor solar com no mínimo o fator 30 de proteção é um item essencial para carregar na bagagem. “Mesmo em dias nublados, o seu uso torna-se obrigatório caso haja exposição solar. A aplicação deve ser feita a cada duas horas ou toda vez que entrar na água”, explica o médico. Acessórios como bonés, óculos escuros e guarda-sol ajudam a complementar a proteção. “Não esqueçam que até 20% dos raios solares são refletidos pela areia da praia”, afirma.

Fuja das alergias

Viagens em feriados, principalmente no verão, as pessoas também são susceptíveis a contrair alergias, por isso, é preciso ficar alerta com plantas, alimentos ou substâncias desconhecidas. Desta forma, é possível evitar as temidas reações de hipersensibilidade, que se apresentam como manchas avermelhadas, pruriginosas (muita coceira) e em alto relevo. Fique em alerta: Caso a alergia cause falta de ar, um médico deverá ser consultado imediatamente. Além disso, o bom e velho repelente e as telas de proteção também ajudam a afastar os insetos que podem causar irritações ou até doenças.
Fonte: http://bagarai.com.br/dicas-de-saude-para-o-carnaval-2012.html

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Prevenindo a Desidratação

Estamos no verão, e com ele as ameaças gêmeas do calor e umidade. Correr no calor pode rapidamente levar à desidratação, a qual está no topo do ranking dos piores inimigos dos corredores ao lado de dobermans bravos. Desidratação prejudica sua performance e diminui sua capacidade de recobrar-se para o próximo treino. Continuar a correr quando estiver desidratado pode levar à exaustão pelo calor e morte.

Para entender melhor os perigos da desidratação, vamos dar uma olhada a o que acontece no organismo quando você corre em um dia quente. Primeiro, seu corpo automaticamente manda mais sangue para a pele para o esfriamento pela evaporação, deixando menos sangue rico em oxigênio para seus músculos das pernas. Segundo, quanto mais calor estiver, mais você transpira, e mais o volume sanguíneo diminui. Menos sangue retorna ao seu coração, então ele bombeia menor quantidade de sangue por contração. Desta forma, a sua freqüência cardíaca precisa aumentar para bombear a mesma quantidade de sangue. O resultado é que você não pode manter um ritmo tão rápido em um dia quente.

O pior de tudo, desidratação tende a pegá-lo desprevenido. Se você repor um pouco menos de fluidos do que perde a cada dia, depois de alguns dias estará correndo mal e não saberá porque. Larry Armstrong, Ph.D., fisiologista do exercício e maratonista, induziu desidratação equivalente a 2% do peso corporal em corredores e observou uma queda de 6% na velocidade entre 5 km e 10 km. Isso significa queda de 3% na performance para cada perda de 1% no peso corporal devido à desidratação.

Não é incomum perder de 1,3 a 1,8kg de água por hora ao correr em um dia quente. A essa taxa, depois de 2 horas um corredor de 68kg poderia perder de 2,6 a 3,6kg, representando perda de 4-5% no peso corporal e decréscimo de 10-15% na performance. Isso é em torno de 1 minuto extra a cada 1,5 km. Porém, perder mais que 4-5% do peso corporal pode ocasionar danos ainda mais sérios para seu organismo.

Prevenindo a Desidratação

Caso você esteja correndo em temperaturas acima de 21 graus, ou 15 graus se a umidade for alta, manter-se apropriadamente hidratado pode ser um desafio. Você precisa de uma estratégia, nos dias quentes, para prevenir a desidratação e minimizar os efeitos acumulativos de correr no calor.

Antes dos treinamentos e corridas, concentre-se em beber quantidade suficiente de fluidos para assegurar que esteja completamente hidratado. Não se baseie no mecanismo do organismo de alerta através da sede, já que este é imperfeito. Você também não pode somente sentar-se e beber dois litros de fluidos de uma vez e achar que estará totalmente hidratado. Leva tempo para os tecidos do corpo absorverem os fluidos. O American College of Sports Medicine recomenda beber em torno de meio litro de fluidos em aproximadamente 2 horas antes do exercício para ajudar a assegurar que esteja adequadamente hidratado e ter tempo de eliminar o excesso de água. Bebidas contendo sódio são mais prontamente absorvidas pelo corpo.

O quanto você deve beber durante suas depende do calor e umidade, e a quantidade de quilômetros que está correndo. A quantidade máxima que você deve beber é aquela que pode ser esvaziada do seu estômago. Estudos têm mostrado que a maioria dos estômagos dos corredores somente pode esvaziar em torno de 170-200 gramas de fluidos a cada 15 minutos durante a corrida. Caso você beba mais do que isso, o fluido extra apenas ficará pulando no seu estômago e não dará qualquer benefício adicional. Porém, você pode ser capaz de lidar com mais ou menos do que a média, então experimente o quanto de fluidos seu estômago irá tolerar.

Pese-se antes e depois de correr, calcule o quanto perdeu, e então beba fluidos com o objetivo de voltar ao peso normal. Seu sangue e outros fluidos ajudarão a remover os produtos residuais e levar nutrientes aos tecidos para reparo. Repor os fluidos perdidos o mais cedo possível depois de correr acelerará sua recuperação.

O que beber

Há duas ótimas opções: água e bebidas com carboidratos. Nada supera água para pura hidratação. A vantagem das bebidas com aproximadamente 4-6% de carboidratos é que elas são absorvidas tão rapidamente quanto a água e ainda provêm energia. Os carboidratos podem ajudar sua performance durantes treinos e competições de durem mais de 1 hora. Bebidas contendo os níveis corretos de sódio são absorvidas mais rapidamente e previnem a desidratação. Você deve evitar bebidas com cafeína, como café, chás e refrigerantes tipo cola, porque a cafeína é um diurético e o deixa mais desidratado do que antes. De forma similar, cerveja e outras bebidas alcoólicas podem acalmar seus nervos, porém são contra-produtivas para a hidratação. Caso você tome bebidas com cafeína ou álcool, beba mais água para equilibrar o efeito desidratante.

Você consegue ingerir fluidos suficientes para prevenir a desidratação em um dia quente?

Vamos examinar isso. Transpiração versus ingestão. Em um dia quente você pode perder de 1,8 a 2,3kg de água por hora quando corre. Nós já estimamos que seu estômago pode absorver aproximadamente um pouco menos de 900 gramas por hora. Isso deixa um déficit de 0,9-1,4kg por hora. Você não consegue beber o suficiente para mantê-lo hidratado, então quanto mais longa a corrida, maior será o déficit.

Encare a corrida no Verão como um desafio da natureza. Seja flexível com seu programa de treinamento. Corra em um horário no qual o calor seja menos severo, e esteja preparado para enfrentar os fatos fisiológicos. Em um dia quente e úmido, diminua seu ritmo desde o começo ao invés de esperar que o seu corpo o force a fazer isso. Ao usar o bom-senso e mantendo-se bem hidratado, você pode aproveitar de forma segura a corrida durante o Verão.


Tradução copyright © 2004 por Helio Augusto Ferreira Fontes

Texto copyright © 2004 por Pete Pfitzinger
Fonte:http://www.copacabanarunners.net/desidratacao.html


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Cirurgia Bariatrica não significa cura para a diabetes

O Artigo da revista British journal of surgery de 10 de janeiro de 2012(Br J Surg. 2012:88:100-103) mostrou que somente 1/3 dos pacientes diabéticos tipo II submetidos a cirurgia bariatrica entram em completa remissão da doença que é quando a glicose cai para niveis normais. Os autores concluem que a cirugia bariatrica deve ser encarada como um meio de melhorar o controle da glicose no sangue e não para a cura . Esse estudo sugere que os pacientes e os médicos que indicam a cirurgia devem ter expectativas realistas da importancia da cirurgia bariatrica no controle da diabetes, e com ênfase principalmente na redução das complicações como Infarto ,acidente vascular cerebral, tromboses, cegueira, insuficiencia renal, amputacao de membros inferiores e neuropatias.

Artigos como esse tem uma importância significativa e vem em boa hora, tendo em vista a banalização da cirurgia Bariatrica por pacientes e até mesmo por colegas médicos . Muitos pacientes, acreditam que o procedimento não tem risco e que este é o caminho mais fácil para perder peso, ou até mesmo curar a diabetes quando estes sao diabéticos . Esse fato esta muito longe de ser verdadeiro pois há risco real de complicações pós cirúrgicas serias e até mesmo de morte. Muitas vezes ,o paciente é submetido a varias cirurgias e a maioria tem perda de peso, porém permanecem obesos.

Não é raro ,o paciente chegar no consultório do endocrinologista, solicitando a cirurgia pois refere que não consegue fazer a dieta ou seguir os horários da alimentação ; porém a dieta pós cirurgia Bariatrica é muito mais rigorosa com os horários , diga-se freqüência das alimentações , e outras coisas como o teor de fibras e carbohidratos por exemplo. Além da necessidade de reposição de viatminas e minerais diariamente devido a má absorção do estômago pós cirurgia . Se os pacientes fossem para um tratamento ou uma dieta com a mesma vontade que vão para a cirurgia creio que teríamos um aumento substancial de sucesso terapêutico da obesidade e diabetes sem termos a necessidade da cirurgia Bariatrica .

A cirurgia Bariatrica tem as suas indicações e em muitos casos, é realmente de grande ajuda ,podendo ser até mesmo um ultimo recurso , mas o paciente não pode desistir nunca de um tratamento clinico porque acredita que a melhor opção para ele(a) seja a cirurgia; então é fundamental o relacionamento médico paciente para que este tenha confiança no médico e acredite junto com o seu médico no tratamento proposto.

Dr. Ricardo Drumond - Endocrinologista e fundador do Instituto Doutores de Coração

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Grávidas obesas podem apresentar carência de vitaminas e minerais


A obesidade é um fator de risco para a gestante. Mas será que o excesso de peso também pode afetar a saúde do bebê? Quantos quilos a gestante pode ganhar ao longo dos nove meses? A ginecologista e especialista em medicina fetal Loralei Thornburg, da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, respondeu a essas e outras perguntas na última edição do periódico científico “Seminars in Perinatology”. A seguir, confira a opinião da especialista sobre alguns mitos e verdades do excesso de peso na gravidez.


1-Grávidas obesas podem apresentar carência de vitaminas e minerais?

Verdade. “Cerca de 40% das mulheres têm carência de ferro, 24% estão com os níveis de ácido fólico abaixo do recomendado e 4% apresentam deficiência de vitamina B12”. Ela explica que o resultado é especialmente preocupante para as gestantes, já que o ácido fólico diminui os riscos de complicações cardíacas e defeitos na coluna vertebral da criança. “Mulheres obesas costumam ingerir grande quantidade de alimentos industrializados, que possuem muitas calorias sem nenhum valor nutricional. O ideal é que, antes de engravidar, elas comecem a seguir uma alimentação saudável, rica em comnicação de frutas, legumes, proteínas magras e carboidratos de qualidade, como cereais integrais”, orienta a ginecologista.
 
2-Gestantes obesas devem ganhar, no máximo, 7 quilos ao longo da gravidez?
Parcialmente verdade. “O ideal é que a mulher ganhe de 5 a 9 quilos, ao longo dos 9 meses”. Pesquisas indicam que o ganho de peso excessivo durante a gravidez eleva os riscos de complicações, como parto prematuro, bebês muito grandes para a idade gestacional, além de falha na indução do parto, que pode levar a uma cesariana. Segundo Loralei Thornburg, “se a mulher iniciar a gestação com excesso de peso ou obesa, o fato de não ganhar muito peso ao longo dos meses pode, realmente, diminuir a probabilidade de que esses e outros problemas se desenvolvam”.
3-O risco de parto prematuro espontâneo é maior em mulheres obesas do que naquelas que estão no peso ideal?
Mito. A especialista explica que “mulheres obesas têm maior probabilidade de parto prematuro recomendado, ou seja, o nascimento pode ser antecipado por razões médicas, como diabetes materna ou pressão alta”. Por outro lado, a ginecologista verifica que mulheres obesas têm risco 20% menor de apresentarem parto prematuro espontâneo, que acontece quando o trabalho de parto tem início antes do previsto, por razões desconhecidas.
4-A presença de doenças respiratórias ligadas à obesidade eleva o risco de outras complicações durante a gravidez?
Verdade. “A obesidade pode ser acompanhada por problemas respiratórios, como asma e apneia obstrutiva do sono - quando a pessoa para de respirar e retorna, ao longo da noite. Essas doenças elavam os risco de complicações não-pulmonares na gravidez, que incluem o parto cesáreo de emergência e a pré-eclâmpsia”, diz Loralei Thornburg. A ginecologista e obstetra ressalta a necessidade de manter a asma e outros problemas respiratórios sob controle antes de pensar em engravidar.
5-Mulheres obesas são mais propensas a amamentar?
Mito. A médica explica que as taxas de amamentação são consideradas baixas em mulheres obesas. “Apenas 80% amamenta nos primeiros dias após o nascimento e menos de 50% continua amamentando após o recém-nascido completar 6 meses de idade”, explica a obstetra. Ela diz que, em algumas mulheres, o excesso de peso pode dificultar a descida de leite. “O tamanho dos seios não tem nenhuma relação com a produção de leite. Entre as gestantes obesas também é comum a necessidade de fazer aleitamento parcial, mas é melhor oferecer o leite materno poucas vezes do que nenhuma”, orienta a médica.
Fonte:http://gnt.globo.com/maes-e-filhos/noticias/Gravidas-obesas-podem-apresentar-carencias-nutricionais.shtml