O cigarro é um
produto do consumo humano que mata quase a metade de seus usuários cônicos e,
no âmbito mundial responsável pela morte de quase 5 milhões de pessoas por ano.
O tabagismo é uma doença crônica e recorrente (CID -10: f17), não somente um
mau hábito. Fumar é uma pandemia: O cigarro é o vetor e a fumaça o agente!
Há evidencias científicas de que não há nível
seguro de tabagismo, e infelizmente vem se instalando com mais frequência ainda
no período da adolescência (70 a 80% dos casos!) sendo poucos os adolescentes
que manifestam a vontade de parar de fumar e menos ainda os que buscam
tratamento.
A OMS estima que em 2025 a mortalidade
vinculada ao tabagismo terá triplicado na América Latina, a menos que sejam
tomadas desde já ações adequadas para impedi-lo.
O abandono do tabagismo representa a melhor
decisão que alguém pode tomar com relação á sua saúde, esperança e qualidade de
vida.
No entanto, apesar dessa gravidade, a
maioria dos médicos latinos americanos não recebeu formação adequada sobre o
controle do tabagismo, não sendo muito frequente a abordagem do paciente
tabagista nos consultórios e quando abordado, muitas vezes “em passant”.
Devemos ter em mente que essa não é uma doença para um especialista e sim para
todo médico, pois se trata de uma epidemia! O tabagista deve ser informado
sobre sua doença, aconselhado e
oferecido a ele a chance de tratamento de maneira enfática , mesmo sabendo que
com isso pareçamos “chatos” perante ao paciente que nos procura!
O tratamento administrado a cada paciente
fumante pode variar a depender do nível de dependência de nicotina, das
comorbidades médicas e da saúde mental associadas.
A avaliação do nível de nicotina
(questionário de Fagerströn ou outros) pode contribuir para a avaliação do
tratamento instituído. Em nossas ações sociais são realizadas uma triagem para
identificar os fumantes que no mesmo evento responde ao questionário de
Fagerströn avaliando seu grau de dependência, sendo então encaminhados in loco
para avaliação com psicólogos e orientações médicas iniciais com encaminhamento
daqueles pacientes identificados com dependência moderada a grave de nicotina
para serviços públicos de clínicas especializadas em tabagismo, pois
provavelmente irão necessitar de terapêutica medicamentosa e acompanhamento da
abstinência.
Fonte: Atualizações latino-americanas sobre prevenção e tabagismo Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).
Blog Portugal-digital: entrevista com Dr Alberto Araujo ( presidente da comissão de tabagismo da SBPT )
Dr Alexandre Drumond - Cardiologista membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia e Coordenador do projeto Doutores de Coração
TESTE DE FAGERSTRÖM
Quanto tempo depois de acordar você fuma o primeiro cigarro?
após 60 minutos - 0
entre 31 e 60 minutos - 1
entre seis e 30 mintuos - 2
nos primeiros cinco minutos- 3
Você encontra dificuldades em evitar de fumar em locais proibidos, como por exemplo: igrejas, local de trabalho, cinemas, shoppings, etc?
não - 0
sim - 1
Qual o cigarro mais difícil de largar de fumar?
qualquer outro - 0
o primeiro da manhã - 1
Quantos cigarros você fuma por dia?
menos de 10 cigarros - 0
entre 11 e 20 cigarros - 1
entre 21 e 30 cigarros - 2
mais de 30 cigarros - 3
Você fuma mais freqüentemente nas primeiras horas do dia do que durante o resto do dia?
não - 0
sim - 1
Você fuma mesmo estando doente ao ponto de ficar acamado na maior parte do dia?
não - 0
sim -1
Pontuação:
0 a 4 – dependência leve; 5 a7 – dependência moderada e 8 a 10 – dependência grave
II Consenso Brasileiro de DPOC 2004 ( modificado de Fagestrom K 1989)
Fonte: Tabela - Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia www.sbpt.org.br
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