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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Grávidas obesas podem apresentar carência de vitaminas e minerais


A obesidade é um fator de risco para a gestante. Mas será que o excesso de peso também pode afetar a saúde do bebê? Quantos quilos a gestante pode ganhar ao longo dos nove meses? A ginecologista e especialista em medicina fetal Loralei Thornburg, da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, respondeu a essas e outras perguntas na última edição do periódico científico “Seminars in Perinatology”. A seguir, confira a opinião da especialista sobre alguns mitos e verdades do excesso de peso na gravidez.


1-Grávidas obesas podem apresentar carência de vitaminas e minerais?

Verdade. “Cerca de 40% das mulheres têm carência de ferro, 24% estão com os níveis de ácido fólico abaixo do recomendado e 4% apresentam deficiência de vitamina B12”. Ela explica que o resultado é especialmente preocupante para as gestantes, já que o ácido fólico diminui os riscos de complicações cardíacas e defeitos na coluna vertebral da criança. “Mulheres obesas costumam ingerir grande quantidade de alimentos industrializados, que possuem muitas calorias sem nenhum valor nutricional. O ideal é que, antes de engravidar, elas comecem a seguir uma alimentação saudável, rica em comnicação de frutas, legumes, proteínas magras e carboidratos de qualidade, como cereais integrais”, orienta a ginecologista.
 
2-Gestantes obesas devem ganhar, no máximo, 7 quilos ao longo da gravidez?
Parcialmente verdade. “O ideal é que a mulher ganhe de 5 a 9 quilos, ao longo dos 9 meses”. Pesquisas indicam que o ganho de peso excessivo durante a gravidez eleva os riscos de complicações, como parto prematuro, bebês muito grandes para a idade gestacional, além de falha na indução do parto, que pode levar a uma cesariana. Segundo Loralei Thornburg, “se a mulher iniciar a gestação com excesso de peso ou obesa, o fato de não ganhar muito peso ao longo dos meses pode, realmente, diminuir a probabilidade de que esses e outros problemas se desenvolvam”.
3-O risco de parto prematuro espontâneo é maior em mulheres obesas do que naquelas que estão no peso ideal?
Mito. A especialista explica que “mulheres obesas têm maior probabilidade de parto prematuro recomendado, ou seja, o nascimento pode ser antecipado por razões médicas, como diabetes materna ou pressão alta”. Por outro lado, a ginecologista verifica que mulheres obesas têm risco 20% menor de apresentarem parto prematuro espontâneo, que acontece quando o trabalho de parto tem início antes do previsto, por razões desconhecidas.
4-A presença de doenças respiratórias ligadas à obesidade eleva o risco de outras complicações durante a gravidez?
Verdade. “A obesidade pode ser acompanhada por problemas respiratórios, como asma e apneia obstrutiva do sono - quando a pessoa para de respirar e retorna, ao longo da noite. Essas doenças elavam os risco de complicações não-pulmonares na gravidez, que incluem o parto cesáreo de emergência e a pré-eclâmpsia”, diz Loralei Thornburg. A ginecologista e obstetra ressalta a necessidade de manter a asma e outros problemas respiratórios sob controle antes de pensar em engravidar.
5-Mulheres obesas são mais propensas a amamentar?
Mito. A médica explica que as taxas de amamentação são consideradas baixas em mulheres obesas. “Apenas 80% amamenta nos primeiros dias após o nascimento e menos de 50% continua amamentando após o recém-nascido completar 6 meses de idade”, explica a obstetra. Ela diz que, em algumas mulheres, o excesso de peso pode dificultar a descida de leite. “O tamanho dos seios não tem nenhuma relação com a produção de leite. Entre as gestantes obesas também é comum a necessidade de fazer aleitamento parcial, mas é melhor oferecer o leite materno poucas vezes do que nenhuma”, orienta a médica.
Fonte:http://gnt.globo.com/maes-e-filhos/noticias/Gravidas-obesas-podem-apresentar-carencias-nutricionais.shtml

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