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Volta e meia escutamos no consultório médico um paciente reclamando pelo fato de não ser gordo, não comer "gordura" e mesmo assim ter colesterol alto. Não obstante o aumento de peso e a ingestão de gordura animal possam aumentar o colesterol, o componente hereditário é decisivo. Aquele indivíduo tem colesterol alto constitutivamente, porque os instrumentos de que o organismo, mais especificamente o fígado, lança mão para remover o excesso de colesterol circulante, não existem em quantidade suficiente ou não funcionam em sua plena capacidade. Um a cada 500 adultos tem uma anormalidade genética que impede o organismo de processar adequadamente o LDL colesterol. Tais indivíduos terão o colesterol alto mesmo ingerindo gordura em quantidades pequenas.
Recomenda-se dosar o colesterol no sangue a cada 5 anos a partir dos 20 anos de idade. A chance de desenvolver doença do coração aumenta proporcionalmente ao aumento do colesterol. Os níveis ideais situam-se abaixo de 200 mg/dl.
Indivíduos acima de 35 anos e com colesterol em níveis ideais não precisam de tratamento. Quem tiver colesterol total elevado e LDL acima de 130, necessita dieta, perda de peso e exercícios. Recomenda-se o uso de medicação para aqueles com LDL alto, acima de 190, apesar da dieta. Para quem tiver mais de dois fatores de risco, a recomendação de remédios é feita em níveis mais baixos de LDL, por volta de 160.
Já para os indivíduos sabidamente portadores de doença coronariana,ou diabéticos recomenda-se uma abordagem mais agressiva com uso de remédios para quem tiver LDL acima de 130, visando deixá-lo abaixo de 100. Se no caso for um diabético com doença cardiovascular é recomendado tratar o LDL para menos de 70mg/dl.
Já para os indivíduos sabidamente portadores de doença coronariana,ou diabéticos recomenda-se uma abordagem mais agressiva com uso de remédios para quem tiver LDL acima de 130, visando deixá-lo abaixo de 100. Se no caso for um diabético com doença cardiovascular é recomendado tratar o LDL para menos de 70mg/dl.
Os triglicerídeos são a principal gordura originária da alimentação, mas podem ser sintetizados pelo organismo. Altos níveis de triglicerídeos (acima de 200) associam-se a maior ocorrência de doença coronariana, muito embora altos níveis de triglicerídeos costumem estar acompanhados de baixos níveis de HDL. No diabético já foi provado que o triglicerídeo alto é tão perigoso quanto o LDL. O triglicerídeo costuma estar aumentado na diabetes dscompensada, portanto só se consegue fazer uma redução completa do aumento do triglicerídeo quando controlamos a glicemia. Por isso um erro muito comum é o paciente se entupir de frutas pois fruta tem açucar (frutose) e esta aumenta os níveis glicêmicos do paciente que consequentemente aumenta os triglicerídeos.
As chamadas dietas ricas em gorduras saturadas, ao contrário das insaturadas, têm a propriedade de aumentar o colesterol. Esse tipo de gordura é principalmente encontrado nos alimentos de origem animal, principalmente carne, queijos, leite integral, manteiga, cremes.
A maioria dos óleos vegetais, exceção feita à gordura de coco e óleo de cacau, é rica em gorduras insaturadas e não eleva o colesterol. Os óleos de oliva e canola são ricos em gorduras monoinsaturadas e tem um efeito protetor contra a aterosclerose coronariana. Infelizmente alguns óleos vegetais podem ser convertidos em gorduras saturadas por processos industriais de hidrogenação, são justamente aqueles responsáveis pelas margarinas "cremosas", que devem ser evitadas.
Essas informações têm objetivos meramente informativo e educacional. Para fins de orientação médica e diagnóstico procure um profissional para o devido tratamento.
3 comentários:
Parabéns pelo texto !
Fernando Spinelli
Obrigada, Fernando.
A satisfação de nossos usuários pelas informações prestadas é nosso maior objetivo.
Ana Porto
Gestora
IDCOR
colesterol 570 , triglicerideos 2070 , glicemia 300 diabetico. qual o risco
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