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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

HEMOGLOBINA GLICOLISADA E MICROALBUMINURIA : VOCÊ SABE PARA QUE ELAS SERVEM?

Resolvi escrever sobre esses dois exames importantíssimos no acompanhamento , na direção do tratamento da diabetes e na prevenção de doença cardiovascular, pois tenho notado que uma grande parcela dos pacientes diabéticos não sabe para que servem.

HEMOGLOBINA GLICOLISADA- é um marcador do bom ou mal controle do diabetes e de maneira geral reflete os níveis glicêmicos nos últimos três meses. Por isso tem sido considerado o melhor exame na avaliação do controle glicêmico de pacientes com diabetes. Além disso, constitui um excelente preditor das complicações crônicas da diabetes, pois intervenções que acarretam redução ou normalização da A1C(para valores menores do que 7) resultam em diminuição do risco de complicações da diabetes( problemas renais, nos nervos e na retina-olhos). Por isso, é indispensável no acompanhamento do diabético. Uma hemoglobnina glicosilada maior do que 9 em um paciente diabético pode significar a adição de uma nova droga no tratamento, troca de medicação para a insulinoterapia, ou aumento das unidades de insulina naqueles pacientes que já fazem uso de insulina. É a hemoglobina glicosilada, que dá pistas para o médico se o paciente tem uma boa adesão ao tratamento ou se ele faz o tratamento corretamente, somente na véspera da consulta com o médico, o que não é suficiente para reduzir a hemoglobina glicosilada.

MICROALBUMINURIA- é a mensuração de albumina na urina,o teste para a presença de microalbuminúria deve ser feito em diabéticos tipo 1 após 5 anos do início da doença e em todos os diabéticos tipo 2 desde o momento do diagnóstico. A presença de microalbuminúria significa disfunção endotelial e um maior risco de eventos cardiovasculares. Se o exame resultar normal, deve-se repeti-lo anualmente em todos os pacientes. Define-se microalbuminúria quando a excreção urinária de albumina está entre 30 e 300 mg/24 h, o que equivale ao intervalo entre 20 e 200 mg/min. Vários fatores podem interferir no resultado, tais como hiperglicemia grave, exercício físico, infecção urinária, febre, hipertensão arterial grave, insuficiência cardíaca, menstruação, gestação, hipoglicemia. Existe também uma grande variação individual de um dia para outro na excreção urinária de albumina. Em alguns laboratórios o exame de microalbuminúria é feito pelo método imunonefelométrico, em amostra de urina de 12 horas, colhida à noite, de maneira a evitar as interferências ocasionadas por exercício físico. Por estas razões, recomenda-se que o diagnóstico de microalbuminúria (nefropatia diabética incipiente) seja estabelecido se o paciente apresentar, pelo menos,doi sexames positivos sem um período de no máximo seis meses. É muito importante saber que a microalbuminuria não ocorre somente no diabético e é presente na insuficiência cardiaca( de modo geral coração grande e sem força para bombear o sangue) e em outras doenças renais. A presença de hematúria(hemacias na urina) com microalbuminúria pode sugerir nefropatia de outra etiologia que a diabética.
O paciente com microalbuminúria confirmada deve ter todas as medidas de proteção renal e vascular implementadas:controles da glicemia, da pressão arterial e dos níveis de colesterol. A prescrição de drogas inibidoras da ECA, mesmo na ausência de hipertensão, é sugerida por alguns centros, especialmente como prevenção secundária (passagem de micro para macroalbuminúria). Recomenda-se, também, restrição relativa da ingestão protéica. Como é estabelecido, o aumento de morbidade e mortalidade cardiovascular associadas à nefropatia diabética deve-se adotar todas as medidas de proteção vascular nos pacientes, como por exemplo, o uso de aspirina em baixas doses.

Dr. Ricardo Drumond - Médico endocrinologista, coordenador técnico e voluntário do IDCOR

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