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terça-feira, 14 de junho de 2011

EUTANÁSIA X DISTANÁSIA

Há alguns dias atrás morreu Jack Kevorkian, mais conhecido como doutor morte por ter auxiliado na decada de 90 cerca de 130 pacientes a extinguirem sua existência, pondo fim ao seu grande sofrimento.

Certo ou errado, motivos humanitários ou financeiros, este senhor que permaneceu preso por 8 anos e teve sua licença médica cassada, provocou um debate nacional e hoje mesmo os seus críticos concordam que, graças a sua militância, a medicina dos dias de hoje leva mais em consideração as dores insuportáveis sofridas por estes pacientes, medicando-os com potentes analgésicos como morfina em dripping (infusão contínua), sem no entanto aceitar a prática da EUTANÁSIA (indução ao óbito a pedido do paciente).

Por um outro lado, vemos com bastante frequência a prática da DISTANÁSIA ( do grego "dis" = algo mal feito /" thánatos" = morte) que é o oposto à eutanásia. Praticamos distanásia quando atrasamos o máximo possível o momento inevitável da morte, utilizado-se de todos os meios proporcionados. Mesmo sabendo que não haja esperança alguma de cura e que isto vá infringir ao paciente terminal algumas horas ou dias a mais de vida, em condições deploráveis. Pois, neste caso, o paciente é exposto desnecessariamente a procedimentos e sofrimentos que obviamente não vão afastar a iminente morte. A isto também se chama de OBSTINAÇÃO TERAPEUTICA.

Que este texto sirva para reflexão e um maior equilíbrio nas nossas decisões,
Dr. Alexandre Drumond.

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