NOSSAS IDÉIAS E ATITUDES TÊM UM PAPEL: TRANSFORMAR A REALIDADE!

Create your own banner at mybannermaker.com!
Protected by Copyscape Duplicate Content Software

domingo, 13 de março de 2011

STENTS E DIABETES MELLITUS

Transcrevemos abaixo a solicitação de esclarecimento de um usuário:

"Message: Bom dia, meu irmão gemeo colocou 5 stens. em questao de quinze dias passou mau com tontura e dor ,voltamos para o hospital foi diagnosticado que havia um coagulo, mas notaram que ele estava com 350 diabete e ele nunca teve diabete. o que esta ocorrendo, tudo é proveniente das cirurgias (stents)? me ajudem a entender. obrigado."


Resposta IDCOR:
 
Fica difícil avaliar um caso clínico com tão poucos dados e sem ter acompanhado o caso, mas vamos lá.

  1. Esta glicemia de 300 mg/dl pode ter sido verificada aleatóriamente durante o período em que seu irmão esteve internado por conta da trombose do stent, ou seja não em jejum. O que não muda quanto ao diagnóstico de diabetes mas sim quanto a proporção da hiperglicemia.
  2. O stress da doença aguda (exemplo, infarto agudo do miocárdio) pode levar à picos de glicemia, sendo causa comum de descompensações diabéticas.
  3. Pode ser que seu irmão já fosse diabético e não soubesse pois a doença é assintomática na grande maioria dos casos, ou que já apresentasse anteriormente resistência insulínica (pré diabetes ) e tenha sido descompensada com o stress já mencionado.
  4. Existem causas em que o stent pode fechar (ver abaixo o artigo, "Pode um stent fechar?") sendo que, pelo tempo acima de 48 horas, esta trombose é classificada como trombose subaguda do stent.
  5. A diabetes é um fator predisponente de aumento de risco para tromboses.
É muito importante procurar um cardiologista para acompanhamento e realizar modificações no hábitos de vida.

Artigo "PODE UM STENT FECHAR?"

"Existem algumas possíveis complicações pós implante de um stent em que pode ocorrer uma obstrução parcial ou até mesmo total do seu lumem (seu interior), devido à "mecanismos" diferentes e apresentando-se com frequências diferentes:

REESTENOSE - É um estreitamento do stent causado por um crescimento anormal das células do revestimento do vaso e costuma ocorrer de 3 a 6 meses após o procedimento. Com o advento do stent farmacológico (revestidos com medicação), vimos sua incidência cair de 20% para menos de 5%.

Vale ressaltar que pacientes diabéticos, com artérias coronárias finas, com lesões longas, com lesões complexas são mais propensos à reestenose.

TROMBOSE - Ocorre a formação de um trombo (coágulo) devido ao contato do sangue com a estrutura metálica que por sinal é mais comum justamente no stent farmacológico por este apresentar um revestimento anormal de células. É uma complicação mais rara, porém que se apresenta geralmente de maneira aguda podendo ocorrer uma obstrução total do stent (trombose) e como consequência um infarto ou até mesmo morte súbita. O uso do AAS e do clopidogrel diminue sua incidência.

A trombose costuma ser aguda (em 24 horas) ou sub-aguda (após 24 horas, antes dos 30 dias), porém pode ocorrer após 30 dias (tardia).

Dr. Alexandre Drumond
Médico Cardiologista
Coordenador Médico
Projeto Doutores de Coração

Nenhum comentário: