Segundo definição
das Nações Unidas, "o voluntário é o jovem ou o adulto que, devido a seu
interesse pessoal e ao seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem
remuneração alguma, a diversas formas de atividades, organizadas ou não, de bem
estar social, ou outros campos..."
Em recente estudo
realizado na Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança, definiu-se o voluntário
como ator social e agente de transformação, que presta serviços não remunerados
em benefício da comunidade; doando seu tempo e conhecimentos, realiza um
trabalho gerado pela energia de seu impulso solidário, atendendo tanto às
necessidades do próximo ou aos imperativos de uma causa, como às suas próprias
motivações pessoais, sejam estas de caráter religioso, cultural, filosófico,
político, emocional.
Quando
nos referimos ao voluntário contemporâneo, engajado, participante e consciente,
diferenciamos também o seu grau de comprometimento: ações mais permanentes, que
implicam em maiores compromissos, requerem um determinado tipo de voluntário, e
podem levá-lo inclusive a uma "profissionalização voluntária";
existem também ações pontuais, esporádicas, que mobilizam outro perfil de
indivíduos.
Ao
analisar os motivos que mobilizam em direção ao trabalho voluntário, (descritos
com maiores detalhes a seguir), descobrem-se, entre outros, dois componentes
fundamentais: o de cunho pessoal, a doação de tempo e esforço como resposta a
uma inquietação interior que é levada à prática, e o social, a tomada de
consciência dos problemas ao se enfrentar com a realidade, o que leva à luta
por um ideal ou ao comprometimento com uma causa.
Altruísmo e solidariedade
são valores morais socialmente constituídos vistos como virtude do indivíduo.
Do ponto de vista religioso acredita-se que a prática do bem salva a alma; numa
perspectiva social e política, pressupõe-se que a prática de tais valores
zelará pela manutenção da ordem social e pelo progresso do homem. A caridade
(forte herança cultural e religiosa), reforçada pelo ideal, as crenças, os
sistemas de valores, e o compromisso com determinadas causas são componentes
vitais do engajamento.
Não se deve esquecer,
contudo, o potencial transformador que essas atitudes representam para o
crescimento interior do próprio indivíduo.
fonte:
"Trabalho Voluntário" - Mónica Corullón
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