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quarta-feira, 12 de março de 2008

Saúde em Niterói e Projeto Social











Em entrevista exclusiva ao Jornal Agito, Dr. Alexandre Drumond fala sobre esse importante programa social e faz uma avaliação em relação à saúde no município.

Formado pela FTESM, com especialização em Cardiologia, o médico niteroiense Alexandre Drumond, de 34 anos, além de fazer plantões pelos hospitais da cidade e nas horas de lazer praticar o seu esporte predileto, que é o Windsurf, ainda se dedica a projetos sociais, e hoje, é o coordenador da ação solidária "Doutores de Coração", que desde o fim do ano passado vem realizando atendimentos médicos e exames em comunidades niteroienses.
Agito: O que é "Doutores de Coração" e como surgiu?
Alexandre Drumond:
É um grupo que reúne sessenta amigos voluntários, que oferecem um dia de seu trabalho em favor de comunidades carentes. A idéia surgiu em uma conversa informal relacionada aos problemas de nossa cidade.

Agito: Que tipo de atendimento e exames o projeto oferece? Todos são gratuitos?
AD:
Cardiologia, Urologia, Oftalmologia, Endocrinologia, Ginecologia, com testes de colesterol triglicerídeos e glicose, com orientações médicas e nutricionais, exame Papanicolau (exame preventivo ginecológico). Temos também a presença de Fisioterapeutas, Nutricionistas, Psicólogos, Advogados e Dentistas bem como palestras abordando assuntos atuais (Dengue, Hipertensão e Diabetes e Prevenção Bucal) e exame oftalmológico para detecção de glaucoma. Todos os atendimentos e exames são gratuitos.

Agito: Quais são os objetivos dessa ação social? Que bairros já foram contemplados, qual o número e o perfil das pessoas atendidas?
AD:
Queremos contribuir para melhoria da qualidade de vida das pessoas, já que o sistema de saúde se encontra deficitário. Já levamos a Ação Social aos bairros de Piratininga e Rio do Ouro, tendo sido atendidas aproximadamente 1500 pessoas. A idéia inicial era de que a Ação Social fosse voltada para as comunidades de baixa renda, mas no decorrer dos eventos pudemos verificar que atendemos também pessoas de outras classes sociais.

Agito: Existe algum tipo de resistência ao projeto em relação às comunidades?
AD:
Não, muito pelo contrário, temos tido excelente receptividade e a nítida satisfação em cada pessoa atendida nestes eventos, inclusive com o pedido da comunidade para que se retorne e estenda esta ação para outras comunidades vizinhas.

Agito: Os custos para a realização deste projeto não devem ser pequenos, vocês contam com parceiros?
AD:
Contamos com a parceria do empresariado, que muitas vezes nos oferece serviços, como por exemplo, uma UTI móvel do hospital PROCORDIS, que fica disponibilizada no local para transporte de pacientes onde possa ser detectada a necessidade de remoção para internação imediata.
Agito: Quando será a próxima edição do projeto? Existe a intenção de que ele seja levado para outros municípios?
AD: O projeto está sendo executado de dois em dois meses e a próxima edição será em março ou abril, na comunidade de Pendotiba, onde estamos agora no processo de captação de parcerias empresariais. Embora tenha nascido para atender ao município de Niterói nada impede que seja levado para outros municípios, desde que tenha o envolvimento de parcerias e profissionais ligados a ele.

Agito: O senhor já teve outras atividades ligadas ao terceiro setor?
AD:
Essa experiência de coordenador veio por intermédio da Fundação Doutor Dílson Drumond da qual também faço parte, que tem um trabalho social muito grande no município de São Gonçalo na área de saúde, educacional e de capacitação técnica.

Agito: Como você vê a situação da saúde em Niterói?
AD:
Minha opinião não é um fato isolado e vai de encontro ao pensamento dos moradores de nossa cidade. De acordo com pesquisa realizada, foi constatado a saúde como área de maior deficiência, onde vemos um serviço de prevenção insatisfatório, com unidades médicas deficitárias e sucateadas e por isso inoperantes. O corpo de profissionais da saúde no município é mal remunerado, contribuindo com o desinteresse de trabalhar na rede pública, as unidades mal aparelhadas, ou melhor dizendo, com aparelhos que poderiam estar sendo disponibilizados para a população, mas que hoje se encontram inoperantes por falta de material de consumo e manutenção. Por tudo isso temos uma população doente, batendo à porta dos hospitais em busca de atendimento, que resulta em uma seqüência de tentativas quase sempre sem solução.

Agito: Em sua opinião, existe algum modelo de saúde que funcione realmente bem?
AD:
Os exemplos nos mostram que a saúde deve ser preventivamente tratada e ela não caminha sozinha, tem que andar junto com o saneamento básico, um bom acesso à alimentação, exames e medicações sem grandes burocracias e filas de espera, profissionais capacitados tecnicamente, bem remunerados e valorizados. Hoje o que vemos é o tratamento, muito mais caro, de doenças já instaladas que acarreta num ônus infinitamente maior aos cofres públicos.

Agito: Como a população pode ficar sabendo sobre as atividades do Doutores de Coração?
AD:
Devido ao interesse de pessoas em aderir ao projeto como voluntário e nossa vontade de dar ciência às pessoas e empresas envolvidas dos resultados desses eventos, criamos um Blog na internet cujo endereço é http://www.doutoresdecoracao.blogspot.com/ onde é possível ficar sabendo das atividades passadas e futuras e seus resultados. Hoje não somos apenas um Projeto que deu certo, somos uma família e queremos que ela cresça cada dia mais e possa ajudar a todos que necessitem do trabalho que ela oferece. Por isso, estamos convocando todo cidadão que queira fazer parte conosco dessa família a visitar nosso blog e se cadastrar.

3 comentários:

comentário disse...

materia otima.
luiz

Anônimo disse...

Nos dias de hoje que vivemos uma epidemia de diabetes, Hipertensão e obesidade; trabalhos como esse de triagem e orientação para encaminhar mais precocemente aqueles novos pacientes com hipertensão e diabetes recém diagnosticados para o tratamento é de uma importância imensa, pois além do obvio benefício feito à saúde do cidadão (paciente) temos uma redução nos custos futuro da saúde pública do País, pois serão menos angioplastias, cirurgias, hemodiálises graças ao trabalho feito por esses profissionais. Tenho muito orgulho de fazer parte desse trabalho, e trabalhar ao lado dos meus irmãos é sempre um grande prazer.

comentário disse...

Parabens
Paulo