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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O herpes está na boca do povo



 


Muita gente hospeda o vírus do herpes e nem imagina. Na maior quietude, ele se aloja no organismo e, diante de um baque no sistema imune, aproveita para dar as caras, principalmente na estação do calor


Uma coceirinha discreta acompanhada de um leve ardor no canto dos lábios anuncia a saga que está por vir. A vermelhidão, as bolhas e a dor desconcertante e, às vezes, até mesmo febre não tardam a arrebatar a vítima. Sem falar no constrangimento de exibir uma ferida proeminente no rosto. Inicia-se, então, uma via-crucis que irá perdurar por cerca de sete longos dias, dificultando tarefas simples como comer e conversar. Quem já teve uma crise de herpes conhece bem esse martírio. E quem nunca enfrentou o problema não está totalmente livre dele. "Cerca de 90% da população já teve contato com o vírus da doença, mas apenas de 10 a 15% manifestam os sintomas", estima o dermatologista Reinaldo Tovo Filho, da Sociedade Brasileira de Dermatologia — Regional de São Paulo.

Grande parte das pessoas contrai o micróbio na infância, por meio do contato com gotículas de saliva — haja beijocas de tios, tias... — ou brinquedos contaminados. Já na idade adulta, a transmissão costuma se dar, por assim dizer, boca a boca. A moçada que se orgulha de contabilizar o número de beijos ao final da balada tem aí um motivo para moderar na empolgação. Uma vez infectado, cada um depende da capacidade de seu organismo de reagir ao vírus. "Algumas pessoas nunca apresentam crises. Outras passam por apenas uma ocorrência. Na pior das hipóteses, o indivíduo infectado começa a sofrer de manifestações recorrentes", explica o infectologista Gilberto Turcato, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Esse último caso requer cuidados especiais.

A má notícia é que, em quaisquer dessas condições, não dá para se livrar do vírus: o hospedeiro terá que conviver com ele para o resto da vida. O pior de tudo é que, além do desconforto que o enxerido provoca, ele não é tão inofensivo quanto parece. "Em situações mais raras, o herpes ataca o cérebro, provocando meningite, ou os olhos, levando à cegueira", alerta o infectologista Davi Uip, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Sem contar que um estudo novíssimo acaba de associar a presença do vírus no corpo à ocorrência do mal de AA primeira crise de herpes é sempre a mais bombástica. "Ela costuma ser bastante agressiva e chega a durar três semanas", confirma o clínico-geral Paulo Olzon, da Universidade Federal de São Paulo. O episódio de estréia, no entanto, é a melhor oportunidade de preparar o corpo contra as futuras investidas do hóspede indesejado. "A doença deve ser tratada precocemente, quando surgem os primeiros sinais", avisa Gilberto Turcato. O objetivo não é apenas encurtar o período de desconforto, mas diminuir a concentração de micro-organismos no corpo. "Isso é decisivo para reduzir o risco de recidivas e a intensidade das manifestações futuras", justifica Turcato. Dessa forma, diante da suspeita desse estorvo, é melhor não vacilar e procurar a orientação de um profissional.

Na tentativa de controlar as aparições do penetra, os médicos lançam mão de antivirais, drogas que barram sua multiplicação. Uma boa alimentação também dá uma força extra para que as defesas do organismo possam dizimá-lo. Aplicar gelo sobre as lesões é uma das dicas dos especialistas. "A temperatura fria alivia a dor e auxilia na recuperação", aconselha Reinaldo Tovo. Fora isso, não há muito o que fazer. O jeito é ter paciência e esperar a ferida regredir, o que leva cerca de sete dias. Embora algumas pessoas sejam mais suscetíveis ao vai-e-vem das bolotas, há fatores que ajudam a despertar o intruso. "O estresse e a tensão pré-menstrual comprometem o sistema imunológico, deixando o organismo vulnerável", exemplifica Paulo Olzon.

E, no verão, o germe faz a festa — daí a necessidade de atenção redobrada na estação do calor. "Os raios solares ultravioleta fragilizam as nossas defesas, além de ressecar os lábios, que ficam mais vulneráveis", diz o infectologista Artur Timerman, do Hospital Edmundo Vasconcelos, em São Paulo. Assim, evite a exposição excessiva ao sol, beba bastante líquido e utilize protetor labial ou batom com filtro solar sempre. O médico Davi Uip lembra que os casos de infecções repetitivas requerem um tratamento mais duradouro com antivirais. Ou seja, se o vírus ganha pontos, tudo se complica. A melhor estratégia de defesa contra o ataque desse invasor é, portanto, fechar a guarda e garantir que ele permaneça fraco e adormecido, sem causar nenhum estrago.


 Fonte:http://saude.abril.com.br/edicoes/0308/medicina/conteudo_422381.shtml?pag=2

por ADRIANA TOLEDO
design LETÍCIA RAPOSO
fotos ALEX SILVA


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Cuidados para o carnaval

Com a chegada do Carnaval, algumas pessoas só pensam em cair na folia e esquecem de tomar alguns cuidados simples para evitar problemas. Todo ano, os foliões exageram na bebida, na alimentação e no sol.

Se você quiser evitar esses transtornos ou amenizar os efeitos de forma rápida e eficaz, confira algumas dicas práticas.

Queimaduras de sol:
Se você não se protegeu do sol e agora está com a sensação de pele ardida, uma das alternativas é o uso do hidratante para refrescar a pele. Para o rosto, podem ser usadas compressas frias com chá de camomila.

Se as queimaduras forem muito fortes, pode ser necessário o uso de loções associadas a antiinflamatórios e analgésicos. Mas estes medicamentos devem ser indicados por um médico.

E se mesmo depois dessa "queimada" você quiser voltar ao sol, o ideal é se proteger com bonés, roupas leves e um filtro solar com alto fator de proteção.

Exagero com bebidas:
Se para você o Carnaval não tem graça sem uma cerveja ou outra bebida, algumas dicas são fundamentais para evitar a embriaguez e a ressaca. Confira:

- Não consuma bebidas alcoólicas em jejum.
- Cuidado com os coquetéis estimulantes, como a combinação uísque e bebidas energéticas. Cada substância tem sua propriedade e o real efeito dessa mistura é desconhecido.
- Intercalar o consumo do álcool com água é imprescindível, já que ele provoca desidratação e diminui a produção do hormônio antidiurético, que segura a água no organismo.
- Se você não conseguiu se controlar e a ressaca está forte, tome um banho morno ou frio para acordar e beba muita água. Faça uma refeição leve e evite doces.

Desidratação:
Para evitar a desidratação, abuse do consumo de água. Se alimentar a cada três horas e diminuir o volume de alimentos ingeridos também é essencial. Confira outras dicas:

- Use roupas claras e leves.
- Não consuma bebidas quentes
- Evite o excesso de esforço físico
- Além da água, é indicado consumir também a água de coco, isotônicos e sucos naturais.

Alimentação:
Uma alimentação adequada durante o Carnaval, além de ser mais saudável, colabora com o pique dos foliões. Saiba o que consumir:

- Dê preferência a refeições leves à base de carboidratos, que mantêm o pique e ainda dão energia.
- Fuja das frituras e alimentos gordurosos.
- Prepare um lanche leve, rico em carboidratos como um bolo de chocolate, por exemplo, além de uma fruta, para consumir antes de sair de casa.
- Leve uma barra de cereais para o salão, rua ou avenida. Ela vai ser seu combustível reserva para você não ficar muito tempo sem comer nada.
- Evite carnes mal passadas ou cruas (carpaccio, sushi e sashimi) para reduzir o risco de um intoxicação alimentar.

Pés:
Os pés sofrem bastante durante o Carnaval. Para evitar dores e bolhas que podem atrapalhar a folia, use um calçado confortável, que não provoque atritos e não aperte nenhuma área do pé.

Ao chegar em casa, depois de dançar muito, você pode colocar os pés em uma bacia com água morna e sais por 15 minutos. Isso alivia a tensão e ameniza dores.

Fonte-http://saude.terra.com.br/interna