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quinta-feira, 7 de março de 2013

Desenvolvimento Infantil




O cérebro precisa ser estimulado desde o nascimento para desenvolver a inteligência, e outras funções cognitivas. Os pais exercem um papel importante nessa estimulação, pois todo brinquedo, e também brincadeiras que não envolvam objetos, por mais simples que sejam, podem ajudar no desenvolvimento cerebral da criança, inclusive das áreas ligadas à motricidade e à imaginação.

Também o ato de contar histórias, que ativa a imaginação, a atenção e a audição, bem como ensina certos valores e deveres, especialmente naquele tipo de leitura com a moral da história no final, ou os livros específicos para bebês, com figuras coloridas, são importantes para ativar as funções visuais.

Contar histórias não serve apenas para ajudar a criança a dormir. Essa tarefa, quase que exclusiva dos pais, também tem um grande papel na formação das conexões cerebrais. Explica Luiz Celso Pereira Vilanova."O contar não pode ser feito de uma maneira mecânica, mas de uma forma lúdica, que envolva a criança e a faça de alguma forma compreender do que se trata o texto - se é um conto triste ou alegre, por exemplo".

Ouvir histórias promove um processamento cerebral muito mais amplo que os estímulos visuais e motores do videogame, além de ensinar a criança a ouvir e a silenciar", explica Mauro Muszkat.

Em se tratando do desenvolvimento emocional, a atenção dos pais é o fator mais importante, o contato visual ativa o cérebro, fazendo com que suas células formem novas conexões.

Em se tratando do desenvolvimento sensório-motor, oferecer estímulos as crianças contribui de maneira positiva no desenvolvimento da suas habilidades.

Há formas saudáveis de conhecer e estimular os talentos deles, e para que cada fase seja aproveitada ao máximo, é preciso respeitar os limites de cada estágio oferecendo os estímulos de maneira gradual.
Pais e cuidadores devem estar sempre interagindo com a garotada, brincando e conversando desde os primeiros dias de vida. O toque, por exemplo, estimula a função cerebral responsável pela sensibilidade, a primeira a se desenvolver, assim como a visual e a motora. Para incentivar as funções visuais, a criança precisa manter contato com brinquedos e objetos de cores vivas e contrastantes. As motoras são estimuladas por meio de brincadeiras”, explica Eulina Oliveira.

Saiba que os estímulos em excesso não farão da criança um gênio, mas uma pessoa estressada, com problemas como insônia, dores de cabeça e falta de apetite.

Lembre-se também que há momentos em que seu filho deve soltar a imaginação sozinho. "São oportunidades para desenvolver o pensamento mágico que os adultos não têm", afirma Ana Maria de Ulhôa Escobar.
A seguir, os melhores estímulos por faixa etária:

Até 6 meses: são importantes os contatos com os pais por meio do toque, os estímulos são primordialmente sensoriais. As brincadeiras mais prazerosas para o bebê são aquelas que envolvem seu próprio corpo, como brincar com as mãos. Alguns pediatras recomendam que os pais façam movimentos ou massagens suaves nos braços, mãos e pernas da criança.
Brinquedos recomendados: móbiles; mordedores; chocalhos; brinquedos musicais.

6 meses a 1 ano: o bebê começa a sentar e a segurar objetos. Depois, engatinha e anda com apoio. Os pais podem ajudar colocando-o sentado em um canto do sofá para que tenha segurança e estimulá-los a ficar em pé segurando pelas axilas e encostando os pezinhos no chão.
Brinquedos recomendados:os que boiam na água; cubos; brinquedos para desmontar e martelar.

1 a 2 anos: é comum a criança querer atrair a atenção para si, portanto, tenha cuidado para não reforçar um comportamento negativo. Auxilie a criança a expressar palavras que vão expor suas emoções, uma vez que ela está começando a lidar com os sentimentos. Ela já começou a andar sozinha, sem apoio. Empurra carrinhos, carrega brinquedos, começa a correr. Chuta bola, sobe em móveis, sobe e desce escadas com ajuda. Faz rabiscos espontaneamente, vira potes e empilha blocos.
Brinquedos recomendados: trenzinhos; carrinhos e brinquedos para encaixar, montar e desmontar.

2 a 3 anos: corre com mais facilidade, dança, pedala triciclos e rabisca linhas verticais, horizontais e circulares. A criança já deve ser estimulada e pode participar da organização e do recolhimento dos brinquedos.
Brinquedos recomendados: blocos continuam sendo uma boa pedida, assim como bonecos e bichinhos.

3 a 4 anos: pula com desenvoltura. Sobe e desce escadas sem apoio, arremessa e pega bolas. Desenha pessoas incompletas e começa a copiar letras. Leve a criança a parques e locais onde possa aumentar sua convivência com outras.
Brinquedos recomendados: instrumentos musicais como piano e tambor; brinquedos de montar e desmontar mais complexos e jogos e quebra-cabeças simples.

4 a 6 anos: consegue permanecer sobre um pé por mais de 10 segundos, além de dar cambalhotas e nadar. Desenha pessoas completas. Escreve algumas letras e começa a dominar talheres. Nessa fase, as brincadeiras prediletas são de casinha e escola, pois imitam o mundo real, o que a auxilia lidar com as situações do cotidiano.
Brinquedos recomendados: brinquedos com várias peças como cidadezinhas; circos; posto de gasolina; casa de bonecas com móveis; caminhão, trator e barco; bolas de diferentes tamanhos e pesos.

6 a 8 anos: já existe a consciência corporal e a noção de tempo e espaço e a criança é capaz de controlar seus impulsos. Como ela já compreende que as suas experiências se diferenciam dos outros, estimule-a a relatar sobre o aquilo que lhe acontece.
Brinquedos recomendados: bolinhas de gude; pipas; jogos de tabuleiro; carrinhos de corrida; bicicletas maiores; patins e skate; fantoches; videogame e jogos de computador. Entre as brincadeiras, destaque para pular corda, amarelinha, fazer dobraduras, rodar bambolê, cabra-cega.

8 a 10 anos: a partir desta faixa etária, pais e educadores podem investir no aprendizado de movimentos mais específicos, como os relacionados a esportes.
Atividades indicadas: além de modalidades como natação, futebol, basquete e judô, a criança pode se sentir motivada com boliche, pingue-pongue e salto em distância.

Érima de Andrade -  Terapeuta Ocupacional
http://erimadeandrade.blogspot.com.br


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O herpes está na boca do povo



 


Muita gente hospeda o vírus do herpes e nem imagina. Na maior quietude, ele se aloja no organismo e, diante de um baque no sistema imune, aproveita para dar as caras, principalmente na estação do calor


Uma coceirinha discreta acompanhada de um leve ardor no canto dos lábios anuncia a saga que está por vir. A vermelhidão, as bolhas e a dor desconcertante e, às vezes, até mesmo febre não tardam a arrebatar a vítima. Sem falar no constrangimento de exibir uma ferida proeminente no rosto. Inicia-se, então, uma via-crucis que irá perdurar por cerca de sete longos dias, dificultando tarefas simples como comer e conversar. Quem já teve uma crise de herpes conhece bem esse martírio. E quem nunca enfrentou o problema não está totalmente livre dele. "Cerca de 90% da população já teve contato com o vírus da doença, mas apenas de 10 a 15% manifestam os sintomas", estima o dermatologista Reinaldo Tovo Filho, da Sociedade Brasileira de Dermatologia — Regional de São Paulo.

Grande parte das pessoas contrai o micróbio na infância, por meio do contato com gotículas de saliva — haja beijocas de tios, tias... — ou brinquedos contaminados. Já na idade adulta, a transmissão costuma se dar, por assim dizer, boca a boca. A moçada que se orgulha de contabilizar o número de beijos ao final da balada tem aí um motivo para moderar na empolgação. Uma vez infectado, cada um depende da capacidade de seu organismo de reagir ao vírus. "Algumas pessoas nunca apresentam crises. Outras passam por apenas uma ocorrência. Na pior das hipóteses, o indivíduo infectado começa a sofrer de manifestações recorrentes", explica o infectologista Gilberto Turcato, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo. Esse último caso requer cuidados especiais.

A má notícia é que, em quaisquer dessas condições, não dá para se livrar do vírus: o hospedeiro terá que conviver com ele para o resto da vida. O pior de tudo é que, além do desconforto que o enxerido provoca, ele não é tão inofensivo quanto parece. "Em situações mais raras, o herpes ataca o cérebro, provocando meningite, ou os olhos, levando à cegueira", alerta o infectologista Davi Uip, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Sem contar que um estudo novíssimo acaba de associar a presença do vírus no corpo à ocorrência do mal de AA primeira crise de herpes é sempre a mais bombástica. "Ela costuma ser bastante agressiva e chega a durar três semanas", confirma o clínico-geral Paulo Olzon, da Universidade Federal de São Paulo. O episódio de estréia, no entanto, é a melhor oportunidade de preparar o corpo contra as futuras investidas do hóspede indesejado. "A doença deve ser tratada precocemente, quando surgem os primeiros sinais", avisa Gilberto Turcato. O objetivo não é apenas encurtar o período de desconforto, mas diminuir a concentração de micro-organismos no corpo. "Isso é decisivo para reduzir o risco de recidivas e a intensidade das manifestações futuras", justifica Turcato. Dessa forma, diante da suspeita desse estorvo, é melhor não vacilar e procurar a orientação de um profissional.

Na tentativa de controlar as aparições do penetra, os médicos lançam mão de antivirais, drogas que barram sua multiplicação. Uma boa alimentação também dá uma força extra para que as defesas do organismo possam dizimá-lo. Aplicar gelo sobre as lesões é uma das dicas dos especialistas. "A temperatura fria alivia a dor e auxilia na recuperação", aconselha Reinaldo Tovo. Fora isso, não há muito o que fazer. O jeito é ter paciência e esperar a ferida regredir, o que leva cerca de sete dias. Embora algumas pessoas sejam mais suscetíveis ao vai-e-vem das bolotas, há fatores que ajudam a despertar o intruso. "O estresse e a tensão pré-menstrual comprometem o sistema imunológico, deixando o organismo vulnerável", exemplifica Paulo Olzon.

E, no verão, o germe faz a festa — daí a necessidade de atenção redobrada na estação do calor. "Os raios solares ultravioleta fragilizam as nossas defesas, além de ressecar os lábios, que ficam mais vulneráveis", diz o infectologista Artur Timerman, do Hospital Edmundo Vasconcelos, em São Paulo. Assim, evite a exposição excessiva ao sol, beba bastante líquido e utilize protetor labial ou batom com filtro solar sempre. O médico Davi Uip lembra que os casos de infecções repetitivas requerem um tratamento mais duradouro com antivirais. Ou seja, se o vírus ganha pontos, tudo se complica. A melhor estratégia de defesa contra o ataque desse invasor é, portanto, fechar a guarda e garantir que ele permaneça fraco e adormecido, sem causar nenhum estrago.


 Fonte:http://saude.abril.com.br/edicoes/0308/medicina/conteudo_422381.shtml?pag=2

por ADRIANA TOLEDO
design LETÍCIA RAPOSO
fotos ALEX SILVA


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Cuidados para o carnaval

Com a chegada do Carnaval, algumas pessoas só pensam em cair na folia e esquecem de tomar alguns cuidados simples para evitar problemas. Todo ano, os foliões exageram na bebida, na alimentação e no sol.

Se você quiser evitar esses transtornos ou amenizar os efeitos de forma rápida e eficaz, confira algumas dicas práticas.

Queimaduras de sol:
Se você não se protegeu do sol e agora está com a sensação de pele ardida, uma das alternativas é o uso do hidratante para refrescar a pele. Para o rosto, podem ser usadas compressas frias com chá de camomila.

Se as queimaduras forem muito fortes, pode ser necessário o uso de loções associadas a antiinflamatórios e analgésicos. Mas estes medicamentos devem ser indicados por um médico.

E se mesmo depois dessa "queimada" você quiser voltar ao sol, o ideal é se proteger com bonés, roupas leves e um filtro solar com alto fator de proteção.

Exagero com bebidas:
Se para você o Carnaval não tem graça sem uma cerveja ou outra bebida, algumas dicas são fundamentais para evitar a embriaguez e a ressaca. Confira:

- Não consuma bebidas alcoólicas em jejum.
- Cuidado com os coquetéis estimulantes, como a combinação uísque e bebidas energéticas. Cada substância tem sua propriedade e o real efeito dessa mistura é desconhecido.
- Intercalar o consumo do álcool com água é imprescindível, já que ele provoca desidratação e diminui a produção do hormônio antidiurético, que segura a água no organismo.
- Se você não conseguiu se controlar e a ressaca está forte, tome um banho morno ou frio para acordar e beba muita água. Faça uma refeição leve e evite doces.

Desidratação:
Para evitar a desidratação, abuse do consumo de água. Se alimentar a cada três horas e diminuir o volume de alimentos ingeridos também é essencial. Confira outras dicas:

- Use roupas claras e leves.
- Não consuma bebidas quentes
- Evite o excesso de esforço físico
- Além da água, é indicado consumir também a água de coco, isotônicos e sucos naturais.

Alimentação:
Uma alimentação adequada durante o Carnaval, além de ser mais saudável, colabora com o pique dos foliões. Saiba o que consumir:

- Dê preferência a refeições leves à base de carboidratos, que mantêm o pique e ainda dão energia.
- Fuja das frituras e alimentos gordurosos.
- Prepare um lanche leve, rico em carboidratos como um bolo de chocolate, por exemplo, além de uma fruta, para consumir antes de sair de casa.
- Leve uma barra de cereais para o salão, rua ou avenida. Ela vai ser seu combustível reserva para você não ficar muito tempo sem comer nada.
- Evite carnes mal passadas ou cruas (carpaccio, sushi e sashimi) para reduzir o risco de um intoxicação alimentar.

Pés:
Os pés sofrem bastante durante o Carnaval. Para evitar dores e bolhas que podem atrapalhar a folia, use um calçado confortável, que não provoque atritos e não aperte nenhuma área do pé.

Ao chegar em casa, depois de dançar muito, você pode colocar os pés em uma bacia com água morna e sais por 15 minutos. Isso alivia a tensão e ameniza dores.

Fonte-http://saude.terra.com.br/interna

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Higiene do sono



Como anda o seu sono? Você sabia que a qualidade do sono está diretamente relacionada a sua qualidade de vida? Uma noite bem dormida contribui muito para o seu bem estar. E uma noite de sono inadequado, contribui para um dia seguinte de fadiga, cansaço, tensão, diminuição do rendimento intelectual, sonolência diurna que aumenta o risco de acidentes, dores musculares e irritabilidade, entre outros.

Dormir bem é essencial, a quantidade e a qualidade do sono são fundamentais para manter uma boa forma física e mental. As pesquisas comprovam que em pacientes com fibromialgia, por exemplo, dormir bem contribui na melhora da dor, do cansaço e da qualidade subjetiva do sono. Nesse estudo, um grupo-experimental, que recebeu orientações para higiene do sono, relatou também uma redução significativa na dificuldade de retorno ao sono quando acordava de madrugada.

Mas o que é higiene do sono? É uma série de orientações que visam criar hábitos que contribuem para a boa qualidade do seu sono. O sono não é diferente do exercício ou de outros estados da vida, exige uma preparação, ambiente adequado e a mente livre de preocupações. A higiene do sono beneficia a todos que buscam melhorar a saúde e a qualidade de vida. São as mesmas orientações dadas para tratamento não medicamentoso da insônia crônica, e tratamento de distúrbios do sono em pessoas idosas, e são fáceis de serem seguidas por qualquer pessoa. Aproveite!

Orientações de Higiene do Sono

- Mantenha o seu quarto arrumado. Não permita que o quarto de dormir seja excessivamente iluminado, abafado, desordenado, quente, frio ou que, de alguma forma, não convide ao sono.

- Durma num local seguro, confortável, calmo e repousante e vá para a cama somente na hora de dormir.

- Areje e umidifique o ambiente do seu quarto. Se necessário, use uma toalha úmida próxima a cama. Cuide para que o ambiente seja agradável, escuro e silencioso. Se possível, regule a temperatura.

- Mantenha seu quarto numa temperatura agradável. Calor e frio excessivos alteram a qualidade do seu sono. Além disso, agasalhe-se bem, para evitar possíveis “contraturas” musculares.

- Ruídos e claridade podem levar a um sono ruim. O quarto em que se dorme deve ser confortável, silencioso e escuro. Devem ser evitados os carpetes ou outros materiais que acumulem poeira ou possam propiciar alergias. Procure dormir onde haja silêncio e pouca luz.

- Não tenha nenhum mostrador de relógio à vista. Ter consciência do tempo de repouso perdido é particularmente estressante.


- Tente elaborar uma rotina antes de ir para a cama. Por exemplo: colocar o gato para fora, trancar as portas, escovar os dentes... Isso acostuma seu organismo, e o lembra que está chegando a hora de dormir.

- Banhos quentes antes de dormir são recomendados para combater a insônia. Eles relaxam o corpo e a mente.

- Tente manter horários relativamente constantes para dormir e acordar todos os dias. Ao criar esse hábito, o seu corpo passará a se preparar para dormir sempre no mesmo horário, e com isso você pegará no sono cada vez mais rápido.

- Não use o quarto onde dorme para trabalhar, estudar, usar o computador, escutar rádio, ver televisão ou comer. Ele deve apenas ser o seu lugar de dormir.

- Evite assistir televisão antes de dormir. Ela é uma fonte enorme de estímulos capazes de deixar a pessoa mais alerta, agitada e sem sono.

- Descanse a mente e relaxe o corpo pelo menos uma hora antes de se deitar. Evite envolver-se em atividades excitantes, ou emocionalmente perturbadoras, ou que exijam alto nível de concentração. Evite as situações estressantes e aprenda a gerenciar o seu estresse.

- Deixe para resolver os grandes problemas em outro período do dia. Evite por exemplo, discutir ou calcular despesas, pensar, planejar, relembrar, etc. Nada de ficar planejando as tarefas do dia seguinte na hora de dormir. É muito saudável o hábito de ter uma agenda para escrever os compromissos e prioridades. Idealmente a agenda deve ser organizada cerca de 4 horas antes de deitar. A agenda permite que você não se esqueça de nada importante, organize melhor sua rotina e durma mais tranquilo, sem se preocupar com o que não deve esquecer para o dia seguinte.

- Evite tomar café, chá ou chocolate, ou qualquer outra bebida estimulante, no mínimo 6 horas antes de dormir. Alguns tipos de chá como camomila e erva cidreira não têm contra-indicação.

- Se você é fumante, não fume de duas a três horas antes de ir dormir. A nicotina favorece a insônia e um sono não reparador.

- Não ingira bebidas alcoólicas por no mínimo 6 horas antes de dormir. Não se engane com o aparente efeito relaxante do álcool: ele é garantia de noites turbulentas.

- Se possível, antes de ir se deitar, tome um copo de leite morno.

- Procure fazer refeições mais leves durante o jantar. A digestão praticamente para enquanto dormimos. Uma boa opção são saladas, sopas e legumes. Alimentos muito gordurosos, como frituras por exemplo, deixam seu estômago mais pesado e atrapalham o sono.

- Faça atividades relaxantes após essa refeição.

- Exercícios físicos melhoram a qualidade do seu sono; mas é importante que você pratique exercícios que lhe deem prazer, que lhe faça ficar feliz e animado. Preste atenção para praticar exercícios pela manhã ou à tarde, no máximo, de seis a quatro horas antes de ir para a cama. Exercícios realizados próximos à hora de ir dormir acendem o organismo, produzindo o efeito contrário e diminuindo a qualidade do seu sono.

- Cochilos ao longo do dia diminuem a necessidade de sono noturno, mas sestas habituais não atrapalham o sono. Se você perdeu uma noite de sono, tente passar o dia seguinte acordado, indo dormir o mais próximo possível do seu horário habitual, respeitando o seu relógio biológico.

- Durma sempre numa cama onde se sinta confortável. Isso é muito importante para que você consiga relaxar completamente. Escolha um colchão adequado, nem rígido nem macio demais. Lembre-se que em nenhum outro momento do dia você fica tantas horas na mesma posição.

- Evite “brigar” com a cama. Durma somente o tempo suficiente para se sentir bem. Não fique na cama mais tempo que o necessário. Manter- se acordado e deitado por muito tempo na cama não melhora a qualidade do sono. Levante-se assim que acordar.


- Quando se sentir sem sono é preferível levantar e sair do quarto até que o sono retorne. A cama deve ser um local estritamente para dormir. Faça qualquer coisa calma e repousante, como ler. Espere pelo ciclo de sono seguinte para voltar a deitar-se.

- Levante-se calmamente. Leve o tempo que for necessário para despertar e entrar na realidade. Exponha-se progressivamente à luz, de preferência à luz do dia, que ajuda a regular o seu relógio biológico.

-Espreguice-se lentamente, para relaxar e aquecer os músculos. Boceje tanto quanto lhe apetecer, para se oxigenar. E ao levantar, tome um ducha revigorante.


- Faça um dejejum completo e equilibrado. Essa refeição deverá cobrir 25 % das necessidades energéticas do dia. As pesquisas mostram que as pessoas habituadas à refeição matinal têm melhor desempenho em testes de memória e na resolução de problemas. O desjejum também é fundamental para reiniciar o estímulo do funcionamento intestinal.

- Diga não aos remédios! Nunca inicie, mas também nunca suspenda o uso destas medicações por conta própria. Procure sempre orientação médica adequada.

Que você tenha bons sonhos!   Érima de Andrade Terapeuta Ocupacional Fonte:http://erimadeandrade.blogspot.com.br/2013/01/higiene-do-sono.html?spref=fb
 

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Cuidados após inundações




1) Cuidados com a água para uso doméstico

Nas enchentes, o sistema doméstico de armazenamento de água pode ser contaminado, sendo necessário sua desinfecção. A limpeza dos reservatórios se faz necessária, mesmo quando os mesmos não são atingidos diretamente pela água da enchente, pois a rede de distribuição de água, frequentemente, apresenta vazamentos. Durante a enchente, se faltar água nos canos, os locais de vazamentos permitem a entrada de água poluída na rede, contaminando os reservatórios. Para limpar e desinfectar o reservatório (caixa d’água), recomenda-se:

a) esvaziar a caixa d’água e lavá-la, esfregando bem as paredes e o fundo. (Não esquecer que se devem usar botas de borracha e luvas nesta atividade;

b) esvaziá-la completamente, retirando toda a sujeira, utilizando pá, balde e panos;
c) após concluída a limpeza colocar 1 litro de água sanitária (hipoclorito de Sódio a 2,5%) para cada 1.000 litros de água do reservatório;

d) abrir a entrada para encher a caixa com água limpa;

e) após 30 minutos, abrir as torneiras por alguns segundos, com vistas à entrada da água com solução na tubulação doméstica;

f) guardar 1 hora e 30 minutos para a desinfecção do reservatório e canalizações;

g) abrir as torneiras, podendo aproveitar a água para limpeza em geral de chão e paredes.

2) Cuidados com a água para consumo humano direto

Se o domicílio for abastecido com água do sistema público e, no ponto de consumo (torneira, jarra, pote, etc.), não for verificada a presença de cloro na quantidade recomendada (maior que 0,5 mg/l) ou se a água utilizada for proveniente de poço, cacimba, fonte, rio, riacho, açude, barreira, etc., deverá ser procedida a cloração no local utilizado para armazenamento (reservatório, tanque, tonel, jarra, etc.) utilizando-se o hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária, numa das seguintes dosagens:

Para cada 1.000 litros de água, adicionar 02 copinhos de café (descartáveis) de hipoclorito de sódio por 30 minutos;
Para cada 200 litros de água, adicionar 01 colher de sopa de hipoclorito de sódio por 30 minutos;
Para cada 20 litros de água, adicionar 01 colher de chá de hipoclorito de sódio por 30 minutos;
Para cada 01 litro de água, adicionar 02 gotas de hipoclorito de sódio por 30 minutos.

Obs.: Deve-se aguardar 30 minutos para consumir a água.

3) Limpeza da lama residual das enchentes

A lama das enchentes tem alto poder infectante e nestas ocasiões fica aderida aos móveis, paredes e chão. Recomenda-se então retirar essa lama (sempre se protegendo com luvas e botas de borracha) e lavar o local, desinfetando a seguir com uma solução de água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) na seguinte proporção:

Para um balde com 20 litros de água, adicionar 4 xícaras de café de água sanitária.

4) Cuidados com os alimentos

Nas enchentes, é essencial a atenção aos alimentos que entraram em contato com as águas da enchente, pois poderão ser contaminados. O ideal como prevenção é armazená-los em locais elevados, acima do nível das águas. Se isto não foi possível, recomenda-se:

a) Manter os alimentos devidamente acondicionados, fora do alcance de roedores, insetos ou outros animais;

b) Lavar freqüentemente as mãos com água tratada antes de manipular os alimentos;

c) Alimentos em estado natural:
• frutas em geral, verduras, legumes, arroz, feijão, soja, ervilha, etc. devem ser inutilizados, pois sobrem transformações quando em contato com as águas da enchente;
• carnes, peixes, leite, ovos, pão, açúcar, café, manteiga, etc., devem ser inutilizados, pois se contaminam facilmente pelas águas, além da natureza de suas embalagens, que geralmente são de plástico ou papel; portanto, é perigosa qualquer tentativa de aproveitamento dos mesmos.

d) Alimentos preparados:
• Lingüiça, mortadela, queijos, etc. deverão ser também inutilizados após o contato com as águas, pois sua contaminação é total, devido ao tipo de embalagem, geralmente de plástico ou papel;

e) Alimentos enlatados:
• As latas que estiverem amassadas, enferrujadas ou semi-abertas deverão ser inutilizadas, porém as que permanecerem em bom estado e onde se têm certeza de que não houve o contado das águas com os alimentos nela contidos, poderão ser lavadas com uma solução de água sanitária na proporção de 1/100, preparada do seguinte modo:

1 litro de água sanitária para 100 litros de água ou
1/2 litro de água sanitária para 50 litros de água ou
1/4 litro de água sanitária para 25 litros de água

f) Alimentos adquiridos em estabelecimentos localizados em áreas de enchente ou provindos das mesmas podem estar contaminados por leptospira ou outros agentes patogênicos, portanto, recomenda-se cozinhá-los à temperatura acima de 70° C; após esfriar, consumi-los imediatamente, evitando também, que entrem em contato com alimentos crus.

5) Leptospirose

A prevenção da leptospirose baseia-se, principalmente no combate ao roedor, principal transmissor da doença ao homem. Desta forma, há duas maneiras de combatê-lo: através de medidas de antiratização, evitando a sua instalação e proliferação; ou através de desratização, através do uso de raticidas, após a sua instalação no local, o que se torna mais difícil e oneroso. Portanto, relacionamos algumas medidas práticas para evitar a instalação do roedor junto ao homem:

Manter limpos os utensílios domésticos e vasilhames de alimentação animal logo após as refeições, evitando resíduos alimentares que são atrativos para os roedores;
Manter os alimentos armazenados em recipientes bem fechados e à prova de roedores;
Manter os terrenos baldios e margens de córregos limpos e desmatados;
Evitar entulhos e acúmulo de objetos inúteis nos quintais, pois servirão de abrigo ao roedor;
Manter os gramados aparados;
Não jogar lixo em esgotos, córregos e terrenos baldios;
Acondicionar devidamente o lixo em sacos plásticos, armazenando-os em locais elevados do solo até que seja coletado; nos locais onde não haja coleta permanente, quando em pequena quantidade, poderá ser queimado e/ou enterrado; se em grande quantidade, deve ser levado a usinas de tratamento ou depositado em aterros sanitários;
Fechar buracos e vãos nas paredes e rodapés, para evitar a entrada de roedores nas habitações;
Manter as caixas d’água, ralos e vasos sanitários bem fechados, com tampas pesadas.

Fonte: Ministério da Saúde